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De acordo com a pesquisa realizada pela NTC&Logística, em colaboração com a ANTT, envolvendo 2.290 empresas do setor de Transporte Rodoviário de Cargas de todo o Brasil, a instituição revelou a situação das transportadoras no primeiro semestre de 2017, com problemas para a cotação de um frete justo.
O levantamento foi divulgado durante o CONET&Intersindical, realizado em agosto pela NTC&Logística no Rio de janeiro, e ressaltou importantes dados econômicos do TRC
Entre os números apresentados, foi analisada uma defasagem de 20,89% nos fretes de carga lotação e 7,72% para carga fracionada. Estas defasagens foram calculadas comparando os valores das planilhas referenciais de custos da NTC&Logística, que não incluem impostos e margem de lucro, com os fretes médios praticados pelas empresas pesquisadoras.
Também, segundo a pesquisa, 70,5% das empresas entrevistadas tiveram queda no faturamento e 91% diminuíram de tamanho.
Segundo Lauro Valdívia, assessor técnico da NTC&Logística, os alertas sobre a má cobrança do setor de transporte são recorrentes, tanto pelo valor baixo de frete quanto pela falta de cobrança de alguns componentes tarifários como nos casos do GRIS, do frete Valor e das demais cobranças.
Com a crise, toda a cadeia produtiva foi afetada e o pagamento do frete ficou prejudicado. A quantidade de 54,7% das transportadoras estão com o recebimento dos fretes em atraso, o que representa 14,3% do faturamento.
Em média, as empresas demoram 26,7 dias para receber o que foi faturado. Como consequência disso, 38,7% delas estão com parte da frota parada e 33% sofrem com alguma ação trabalhista.
Durante o CONET, que reuniu líderes e empresários do TRC, também foi bastante enfatizado a importância do realinhamento dos fretes praticados, acompanhado da cobrança dos demais componentes tarifários como Frete Valor, Gris, Generalidades e Taxas.
O presidente do SETCESP esteve no evento e ressalta que a cobrança correta das tarifas é essencial para o TRC, não só para fomentar o crescimento do setor, mas também para que as empresas possam alcançar resultados, ou seja o lucro.
Para ele, a parceria deve ser justa para crescer de forma sustentável, considerando tarifas baixa, além de tudo, é questão de segurança viária, porque quando você tem uma operação com defasagem de preço ela se torna perigosa, pois a empresa, e até mesmo os autônomos, perdem a capacidade de manutenção de itens como pneus, freios, alinhamento e outros componentes.
Enfim, uma tarifa justa e equilibrada é importante para que os transportadores prestem um serviço de qualidade e consequentemente possam ajudar na recuperação da economia nacional”.
Outro assunto ressaltado no encontro foi a importância da cobrança da EMEX- Taxa de Emergência Excepcional diante da situação de aumento de roubo de carga na região metropolitana do Rio de Janeiro.
A generalidade foi criada em fevereiro de 2017 na edição do CONET de Rio Quente (GO) e trata de um valor extra cobrado para coletas e entregas em regiões que se encontram em estado de beligerância. A sua cobrança se justifica pelo alto custo suportado pelas empresas transportadoras para manter suas operações nestas condições.
O valor dessa taxa é de R$10,00 por fração de 100kg mais um percentual do valor da carga que varia de 0,3% a 1,0%.
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