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Superando desafios com boas práticas no transporte de carga

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Pessoa analisa as boas práticas no transporte de carga

A logística é vital para toda a sociedade, por viabilizar o suprimento de cargas e serviços e ampliar os resultados econômicos das empresas, a partir de boas práticas no transporte de carga.

Esse setor representa de 7% a 9% do Produto Interno Bruto mundial e cerca de 12% do PIB brasileiro, de acordo com o Panorama do Instituto de Logística e Supply Chain em 2016.

No entanto, consome significativo volume de energia entre 9% e 12% da energia consumida no mundo e cerca de 19% da energia consumida no Brasil.

Adicionalmente, a logística tem potencial de comprometer a qualidade do ar local, gerar ruído e vibração, provocar acidentes, gerar resíduos sólidos e líquidos, e contribuir com o aquecimento global.

Em função da sua quase total dependência do uso de combustíveis derivados do petróleo, o transporte de carga, principal atividade logística, é um importante contribuinte da emissão mundial de CO2 , principal gás de efeito estufa, e contribui para as mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global.

Impacto da sustentabilidade nos transporte de carga

O Committee on Climate Change, em 2015, aponta que o transporte pode vir a ser responsável por 15% a 30% do total de emissões de CO2 até 2050, mesmo com uma melhoria de 33% a 50% na eficiência energética dos veículos. Além disso, a energia consumida no transporte rodoviário de carga aumenta em um ritmo muito maior do que a consumida por automóveis e ônibus, segundo o European Commission.

Para reverter essa situação no Brasil, grandes empresas de atuação global iniciaram, em 2016, o Programa de Logística verde Brasil, uma iniciativa estratégica, que reflete o seu compromisso com a responsabilidade socioambiental corporativa e busca capturar, integrar, consolidar e aplicar conhecimentos, com o objetivo de reduzir a intensidade das emissões de GEE, em particular, o CO2  de poluentes atmosféricos.

O aprimoramento da eficiência da logística e do transporte de carga, por meio do desenvolvimento progressivo de um programa nacional de sustentabilidade em logística, dará autonomia e capacitará embarcadores, operadores de transporte e logísticos, além de todos os demais agentes que apoiam essas atividades e nelas atuam.

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Conceituando a logística sustentável

O conceito de logística está associado às atividades de planejamento, implantação e controle do fluxo de mercadorias, serviços e informações do ponto de origem para cada suprimento de insumos de produção até o ponto de destino no cliente final, com objetivo voltado à redução dos custos totais e à ampliação do nível de serviço.

Indo além dessa visão tradicional, a logística deve objetivar, também, a redução dos impactos ambientais promovidos por suas atividades, principalmente, no que diz respeito à atividade de transportes, que é a principal atividade logística.

A ampliação desse horizonte conceitual leva a termos, como logística de baixo carbono, logística verde e logística sustentável, que acrescenta ao termo de logística características relacionadas à necessária avaliação dos aspectos socioambientais.

Destaca-se que a logística de baixo carbono busca, especificamente, a redução do uso de combustíveis fósseis e da emissão de CO2 .

A logística verde amplia a abrangência para a consideração de outros atributos ambientais, como emissão de poluentes atmosféricos, produção de ruído e vibração, consumo de água e geração de resíduos sólidos e líquidos. Já a logística sustentável é a mais abrangente, pois introduz a consideração do aspecto social na avaliação do desempenho logístico.

Referências em sustentabilidade: práticas no transporte de carga

A partir da pesquisa documental sobre sustentabilidade no transporte de carga, os últimos 10 anos e 50 artigos científicos publicados em periódicos com abrangência mundial abordam temas da sustentabilidade em logística e transporte de cargas, além de dois livros acadêmicos que, também, consideravam a abordagem prática, por meio da visão empresarial.

Essas referências auxiliaram na inclusão da abordagem prática, por meio da consulta a 14 relatórios internacionais, na forma de guias de boas práticas de transporte de carga.

Esse levantamento buscou identificar quais boas práticas eram recomendadas,  especificamente por essas instituições, e teve como finalidade aprimorar o potencial de sua aplicação, reforçando a sua abordagem prática.

Demais estudos para reforçar os impactos da sustentabilidade na logística

Em paralelo à realização da revisão bibliográfica e da pesquisa documental, para a identificação das boas práticas para o transporte de cargas e dos aspectos, atributos, indicadores e medidas para a avaliação de seu desempenho, um levantamento de instituições públicas e/ou privadas foi desenvolvido a partir de atuações no setor de transporte e logística com stakeholders no Brasil e no mundo.

A consolidação dessas informações levou a uma relação de 22 boas práticas para o transporte de carga.

Tais boas práticas são capazes de promover impactos positivos em relação aos aspectos ambientais econômicos, simultaneamente, potencializando a sustentabilidade ambiental do transporte de carga como função logística.

Por fim, realizou-se um levantamento junto às empresas membros do PLVB, quanto à adoção das boas práticas identificadas ou à necessidade de inclusão de alguma boa prática ainda não identificada.

Essa última etapa teve a finalidade de identificar benchmarks entre tais empresas, por meio da comparação entre as boas práticas por elas adotadas.

Considerações finais

A partir desse estudo, foi identificado um conjunto de 22 boas práticas associadas à gestão da operação do transporte de cargas.

Os resultados observados mostram que todas as boas práticas, concorrem para promover a redução dos impactos ambientais associados ao consumo de energia, emissão de GEE e poluentes atmosféricos regulamentados, por exemplo CO, NOx, MP e HC.

Na maior parte dos casos, em 80% deles, levam à redução dos custos, uma vez que atuam no sentido de reduzir o consumo de energia, e ao aumento do nível de serviço, pois reduzem os tempos de operação e aumentam a segurança, a confiabilidade, a flexibilidade e a capacidade da operação.

Mais da metade das boas práticas pode ser aplicada conjuntamente com os segmentos de suprimento e distribuições físicas da cadeia de suprimento e, em sua totalidade, podem ser aplicadas na física.

É oportuno ressaltar que nem todas as boas práticas se aplicam a todos os perfis de empresas existentes. Cada caso deve ser avaliado individualmente. Dificilmente, as empresas aplicarão todas as 22 boas práticas simultaneamente.

O ideal é que, a partir do conhecimento das possibilidades existentes, possa-se escolher a boa prática mais adequada a cada caso, através de uma avaliação para implementá-la na empresa.

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