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Não existe uma organização que possa ser apontada como líder da paralisação – na verdade, a proposta de greve começou a circular de forma espontânea em redes sociais e grupos de WhatsApp de caminhoneiros na manifestação.
Mas uma das principais entidades envolvidas é a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que congrega a maioria dos sindicatos de motoristas autônomos.
Outros sindicatos de caminhoneiros se juntaram aos protestos ao longo dos dias, como a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) e a União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil (Unicam).
O movimento acabou engrossado pelos caminhoneiros de frota também – isto é, por aqueles que são contratados, com carteira assinada, por transportadoras.
“Começou com os autônomos. Mas como a situação está ruim para todos, as empresas (e os motoristas contratados por elas) também aderiram.
E aí surgem várias associações, várias pessoas querendo representar.
Tem também alguns que são pré-candidatos (às eleições de 2018)”, diz o caminhoneiro Ivar Schmidt, um dos principais líderes dos protestos de caminhoneiros de 2015, que afirma não estar à frente das movimentações atuais.
O último balanço dos grevistas, do começo da noite de quarta, mencionava 253 pontos de protestos, atingindo 23 Estados brasileiros e o Distrito Federal.
Sim, o governo recebeu avisos de entidades sindicais dos caminhoneiros sobre a possibilidade de uma paralisação.
No dia 16 de maio, a CNTA apresentou um ofício ao governo federal pedindo o congelamento do preço do óleo diesel e a abertura de negociações, mas foi ignorada. No dia 18 (última sexta-feira), a organização lançou um comunicado em que mencionava a possibilidade de paralisação a partir de segunda-feira, o que de fato ocorreu.
Segundo a CNTA, a paralisação estava sendo discutida “pelos caminhoneiros e sindicatos da categoria, nas redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas”.
Um vídeo publicado na página do Facebook Transporte FORTE Digital, no último sábado, já convocava os motoristas para a greve.
À BBC Brasil, a entidade sindical disse que, apesar da reunião com o governo na quarta-feira, a paralisação foi mantida e não há data prevista para o fim do movimento.
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