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O número de acidentes no transporte de carga perigosa aumentou no Brasil. Em 2020 foram 939 ocorrências contra 1.095 em 2021, uma média de 91 registros por mês. Os dados da Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP) revelam uma necessidade urgente: aumentar a segurança das operações.
Mais da metade dos acidentes (640) foram com líquidos inflamáveis. A falta de treinamento e as falhas mecânicas estão entre as causas principais. Além de colocar em risco a vida de caminhoneiros e outros motoristas, esses acidentes levam a altos prejuízos logísticos e a danos ambientais muitas vezes irreparáveis.
Além disso, os produtos químicos estão entre os mais visados pelas quadrilhas de roubo de cargas, por isso, nenhum esforço para reduzir a sinistralidade neste tipo de transporte é em vão.
A boa notícia é que já existe tecnologia para rastreamento, monitoramento, gestão logística, redução de prejuízos, seleção de motoristas, prevenção a acidentes e melhoria da eficiência operacional.
Neste artigo, vamos falar mais sobre o tema, as características do transporte de carga perigosa, as regras para a atividade e a importância do gerenciamento de risco em operações complexas como essa.
Boa leitura!
As cargas perigosas são quaisquer produtos que ofereçam grau de risco elevado à segurança pública, aos trabalhadores, às instalações físicas e ao meio ambiente se não foram manipuladas ou transportadas corretamente.
Nessa categoria se enquadram as cargas explosivas – como gases comprimidos ou liquefeitos –, inflamáveis, oxidantes, produtos venenosos, infecciosos, radioativos, corrosivas ou poluentes.
A logística e o transporte de carga perigosa precisam respeitar normas rígidas e legislações específicas. A atividade requer treinamento dos profissionais, frotas adequadas para este tipo de transporte e um plano de gerenciamento de risco diferenciado para operações complexas como essa.
Existem mais de 3 mil itens de produtos químicos/perigosos divididos em nove classes e subclasses. A Resolução ANTT 5.232/2016 classifica esses produtos conforme as recomendações do Comitê de Peritos em Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas – publicadas no regulamento modelo conhecido como “Orange Book” e atualizado periodicamente – e no Acordo Europeu para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos (ADR).
As cargas perigosas estão classificadas da seguinte forma:
A Agência Nacional de Transporte Terrestre é quem regulamenta e fiscaliza esse tipo de transporte, mas embarcadores e transportadores precisam ter consciência, responsabilidade e, é claro, contar com recursos e tecnologias para atender com rigor às normas de segurança.
Evidentemente, as empresas devem estar preparadas para este tipo de operação de transporte e contar com profissionais capacitados tanto na prevenção de sinistros e redução de riscos quanto para tomar medidas urgentes e assertivas em caso de acidentes.
O transporte de carga perigosa tem uma série de particularidades, que devem ser levadas em conta na hora do transporte.
Os caminhões com carga perigosa precisam estar bem identificados, com placas retangulares na cor laranja e numeradas conforme o nível de risco do produto em transporte. Essa placa é fixada na parte externa do caminhão e deve ser bem visível.
O número nas placas segue um regulamento padrão. O primeiro algarismo indica a classe do produto (risco principal) e o segundo, o risco subsidiário. Se não for o caso, o número é 0.
A classificação indica:
Os produtos com algum risco são identificados com um rótulo, que informa a natureza da substância, a forma correta de manuseio e identifica o produto em transporte. Normalmente é representado por um losango em cores variadas e, geralmente, tem um desenho que indica o perigo (como uma caveira ou símbolo de radioatividade).
Fazer o transporte de carga perigosa envolve uma série de documentos obrigatórios, como certificados de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos (CTPP ou CIPP) e de Inspeção Veicular (CIV), no caso de transporte a granel; documentação fiscal com informações sobre a carga e declaração do expedidor.
Outros documentos podem ser acrescentados à lista, respeitando as resoluções da ANTT. O motorista também deve ser habilitado para o transporte de carga perigosa e portar sempre os documentos pessoais e do veículo.
No caso de transporte interestadual, há ainda a Autorização Ambiental para Transporte de Produtos Perigosos emitida pelo Ibama.
O transporte de carga perigosa está sujeito a uma série de normas e leis específicas. No caso do caminhoneiro, é necessário que ele tenha o Moop, um comprovante de que foi aprovado no Curso de Condutores de Veículos de Transportadores de Cargas Perigosas. A idade mínima para fazer o curso é 21 anos.
Outras leis e resoluções regulamentam o transporte de carga perigosa. O ponto de partida é a Lei 10.233/2001, que cria a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).
Há ainda a Resolução ANTT 5.232/16, que classifica produtos perigosos e detalha como esse tipo de carga deve ser identificada, embalada, como os veículos devem ser sinalizados e qual é a documentação necessária.
Toda operação de transporte de cargas envolve riscos, mas no caso de produtos perigosos (como os químicos) é fundamental redobrar os cuidados e os investimentos em prevenção.
Quando as regras são negligenciadas, a movimentação deste tipo de mercadoria pode colocar em risco a vida de caminhoneiros, outros motoristas, meio ambiente e a saúde pública.
O Painel de Acidentes da CNT mostra, por exemplo, que foram registrados 7,3 mil tombamentos e 156 derramamentos de carga nas rodovias federais em 2021 – nem todos com produtos químicos, mas, certamente, os números exigem atenção.
Qualquer vazamento de substância inflamável ou química é potencialmente perigosa. E se a prevenção deixou a desejar, é preciso saber como agir nessas circunstâncias e tomar medidas urgentes para conter os danos e prejuízos, sejam eles físicos, materiais ou ambientais.
Vale lembrar que nem todos os produtos são inflamáveis, mas sua toxicidade pode causar graves problemas. Imagine o vazamento de produtos químicos em um manancial que abastece uma cidade.
Além de poluir solo, rios e colocar em risco animais silvestres, um acidente com carga perigosa pode deixar cidades inteiras sem água potável, por exemplo.
Assim como os acidentes, o roubo de cargas é outro fator de preocupação para quem atua no transporte de produtos perigosos/químicos. Os combustíveis e agrotóxicos, por exemplo, estão entre as cargas mais visadas no Brasil.
Seguir a legislação é um passo inquestionável para o transporte seguro de cargas perigosas. A lista de medidas que melhoram a performance em operações complexas como essa inclui:
Dependendo do tipo de carga a ser transportada, há um tipo de veículo mais indicado.
Para o transporte de líquidos e gases, o caminhão sider é indicado. Já para os produtos que exigem climatização e para alguns tipos de carga radioativa deve ser usado o caminhão-baú. O bitrem é utilizado, comumente, no transporte de líquidos e substâncias inflamáveis de alta escalabilidade e o caminhão-tanque, líquidos e gases inflamáveis.
No caso das cargas mais pesadas, uma opção é o rodotrem (que pode chegar a 9 eixos). Para viagens com minerais – como o minério de ferro, por exemplo – a opção é o caminhão basculante. O caminhão porta-contêiner é usado no transporte multimodal.
Contar com uma gerenciadora de risco experiente em operações complexas torna o transporte de carga perigosa mais seguro, eficiente, com riscos reduzidos e sem contratempos com a fiscalização nas estradas.
Para alcançar a excelência neste tipo de operação, com riscos e prejuízos reduzidos, é fundamental cumprir todas as leis e normas e investir em tecnologias para o gerenciamento de riscos, rastreamento, monitoramento das cargas e prevenção de acidentes.
A Buonny tem soluções completas e integradas de gestão logística para operações complexas, que vão do Cadastro, para proporcionar mais eficiência e segurança para as operações, à BuonnyTech – que oferece softwares voltados à prevenção de acidentes e roubos.
Outra ferramenta é o Monitoramento 24 Horas, com tecnologia e inteligência que conectam as cargas ao destino com mais controle, segurança e eficiência.
Por fim, a Gestão Logística, um sistema de gerenciamento de transporte que aumenta em até 30% a eficiência na gestão logística e permite a utilização eficiente da frota.
Se você precisa melhorar a performance das suas operações de transporte de carga perigosa, fale com um especialista.